quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Manter a motivação nem todo dia é tão fácil, né??

Durante as minhas férias do trabalho, achei que malharia mais...
Incrível como é mais fácil animar quando já está num ritmo agitado.
Tem sido muito difícil sair dos meus livros, da internet.
Dia 28 tudo volta ao normal, vamos ver se consigo ser mais regular na alimentação e na frequência dos exercícios.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Descobrindo que o problema nunca foi o número na balança



Bom, voltando a falar sobre mim.
Fui uma boa aluna quando criança, era educada, esperta, falante (continuo... rs). Mas tinha um problema bem sério: fui criada em um ambiente só de críticas. Minha família toda era uma bagunça só e não tínhamos o hábito de falar sobre sentimentos. Não tínhaaamos tempo pra “dramas” e psicológo sempre foi considerado uma frescura, infelizmente.
Elogios então!! Acho que nem sabia o que era isso. E claro, a criança tende a absorver tudo aquilo que vive e comigo não foi diferente.
Me tornei uma pessoa crítica demais comigo mesma e com os outros. Nunca achava que nada estava bom e vivia reclamando de tudo a cada 2 segundos. Não sabia elogiar, não sabia receber elogios. Não me achava merecedora de elogios.
Eu me via pelos olhos das outras pessoas. Assim, sempre que recebia uma crítica, eu ficava arrasada, como se aquilo que a outra pessoa pensa fosse eu.
Esse perfil me atrapalhou em todos os relacionamentos: familiares, com amigos e afetivos. Imagine uma pessoa que precisa de aprovação externa o tempo todo... quando não tem fica deprimida. E ninguém é unânime, eu também nunca fui, aliando isso aos defeitos que certamente tinha, tenho e terei e ao meu perfil pessimista, me tornei uma pessoa desagradável de se ter por perto.
Tinha poucos amigos. Estava sempre falando mal de algo/alguém.
(GENTE, COMO VOCÊS ME SUPORTARAM ATÉ OS 24 ANOS???)
Às vezes, precisamos chegar ao fundo do poço pra então nos reerguermos. Foi o que aconteceu comigo. O meu relacionamento – aquele da faculdade, na minha cabeça, era a única coisa de importante que eu tinha na vida. Não me importavam outras pessoas ou coisas. Imaginem o quanto eu sufocava o pobre...rs.
Quando tudo acabou me senti sozinha demais. Parecia que o mundo tinha resolvido desabar sobre mim. Mas como eu estava enganada. Esse tempo sozinha me fez ter um conhecimento muito profundo sobre mim mesma. É como se eu olhasse pra mim mesma de fora, mas com mais carinho do que eu tinha geralmente.
Fiz terapia e isso foi um divisor de águas na minha vida. O psicólogo não entra na sua chantagem emocional, você não pode manipulá-lo. Então, tem de encarar os fatos como são e este é o desafio.
Passei a entender que eu não precisava de aprovação externa, desde que me gostasse. Pra me gostar, precisava me conhecer. Essa busca por mim rendeu uma mulher muito mais confiante e feliz. (No fundo, eu deveria agradecer ao ex por ter me largado.... ou não sei onde teria parado mantendo aqueles comportamentos).
Hoje, eu ainda sou gorda. Mas eu me acho absolutamente LINDA e ninguém vai me fazer mudar de ideia. Mudou minha postura, não me faço mais de vítima, a coitadinha que quer a qualquer preço atenção das outras pessoas.
EU cuido de mim; mental e fisicamente. As outras pessoas complementam minha vida e não a completam. E sim, tem muita diferença. Quando você precisa de alguém pra te completar, algo vai muito mal, viu? O complemento é aquilo que, se não tiver, não vai fazer diferença no resultado final. Ou seja, se ninguém me elogiar, não quer dizer que eu vá me sentir feia.
É clichê pra caralho, mas amar-se é o único caminho. Duro, árduo, longo, mas o único caminho.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

DEFINITIVAMENTE: hora de me mexer!


Continuando a descrição da minha paixão pelos exercícios, vamos lá.
Como eu já disse anteriormente, me matriculei na academia de um amigo no centro da cidade, no meio do caminho entre meu trabalho e minha casa. Claro, tudo pensado estrategicamente para não me dar ao luxo de chegar em casa e não querer ir, já ficava direto de uniforme e tudo. Tinha armário na academia e já guardava roupas para a semana toda. Vivia cheia de sacolas pra lá e pra cá. Mas isso começava a me fazer sentir melhor comigo mesma, por mais ridícula que ficasse indo embora de uniforme social e tênis.
Até entrar nessa academia eu achava que só haviam aulas de musculação nestes lugares. Mas daí, a Mel (professora mais linda do mundo que eu tive) me apresentou ao jump. Gente, foi amor à primeira vista... e neste juro que acredito.
Verdade que quase morri de taquicardia depois da primeira aula, fiquei mais vermelha que qualquer tomate do supermercado, mas saí da aula com a melhor sensação que já havia experimentado. Um misto de cansaço (semi morte, na verdade) e prazer que é impossível descrever em palavras. Só quem pratica jump pra entender. As aulas aconteciam duas vezes por semana e nos outros três dias restantes eu fazia musculação.
O primeiro dia depois da aula de jump foi traumático e quase me fez desistir. EU SENTIA DOR NO CORPO TODO. Acho até que descobri músculos novos, ou que pelo menos eu não sabia que tinha.
Mas, persistente que sou, fui pra minha aula de musculação. Eu andava de um jeito tão engraçado, meio entrevada que não tinha quem não olhasse. Mas eu tinha um objetivo: ia aprender a gostar do ambiente da academia e a sentir prazer praticando atividade física.
Eu permaneci nesta academia por um ano. Conheci pessoas incríveis e que nunca esquecerei, além de ter reencontrado alguns conhecidos.
Com o tempo, o dono da academia, colocou jump em quatro dias da semana e meu condicionamento me fazia fazer (QUASE) todas as aulas bem. Geralmente era assim, segunda e quarta, que eu estava descansanda rendia bem, terça e quinta, por estar mais cansada, fazia a aula mais na marcha lenta.
Com o tempo, a Mel – muito inteligente – foi mudando os estímulos e tínhamos aulas de step, circuito e axé. Aprendi que é importante trocar as atividades, inverter a ordem do treino pra não acostumar o corpo sempre com o mesmo ritmo.
Era um prazer enorme frequentar este lugar. Mesmo nos dias em que eu realmente não estava afim de treinar eu ficava lá, vendo as aulas e conversando.
Descobri muito sobre mim nestas observações. Percebi, por exemplo, que ao contrário do que eu pensava, eu não era anti-social. Fiz muitos amigos e que preservo até hoje (claro, sem tanto contato, mais ainda assim, nos falamos frequentemente).
Mais do que ganhar amigos e perder peso, fui ganhando confiança em mim.
Eu era sedentária, cada treino era um desafio e eu sempre fui muito exigente. Me cobrava pra caramba. Chorava quando não rendia tanto quanto gostaria em uma atividade. Mas, em contrapartida, quando conseguia cumprir as metas, gente, como eu ficava feliz. Acreditava que era capaz de conquistar o mundo e na verdade, descobri que sou mesmo capaz e que posso ir sempre além de onde estou.
Vou continuar por estapas, ou vou me estender muito. Textos longos ficam chatos, né...

Só vou indicar um link sobre jump de um blog que leio sempre de um personal trainer: http://www.oseupersonal.com.br/?p=395
*** O blog todo é maravilhoso e eu super recomendo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Novos tempos, novas ideias...

Estive falando com amigas que estão QUASE  me convencendo a divulgar este blog simplório e dividir dicas gerais, mas principalmente as que me levaram a conquistar um estilo de vida bem mais saudável do que eu tinha antes.
Vamos lá, estou considerando a ideia, viu meninas!
Vou contar um pouquinho de como a atividade física passou a fazer parte da minha vida.
Na  infância e adolescência e era muito ativa, sempre jogando alguma coisa na rua. Não parava em casa, não comia direito. Chegava a ser magrela. Fazia teatro, coral, trabalhava (sim, comecei aos 11 anos), jogava volei e não tinha tempo - nem necessidade - de pensar em sobrepeso.
Aos 14 vieram algumas mudanças. A principal delas foi de cidade: saí de Guaíra para São José do Rio Preto, pra ser balconista da padaria de uma das minhas irmãs. Eu  não queria vir. Estava no meio da oitava série, planejando viagem de formatura, cheia de planos, namoradinhos... e não queria mudar de jeito nenhum.
Já vim com má vontade. Demorei séculos pra fazer amigos, porque vivia emburrada pelos cantos.
Minha única compensação, vejam só, a deliciosa comida da padaria. Era uma padaria de especiarias mineiras (pão de queijo, biscoito, broa) e eu me matava de comer. Era meu único momento de diversão.
Fora isso, só trabalhava e frequentava a escola. E comia, comia, comia, comia e comia.
Concluí o ensino fundamental e fui estudar a noite. Passei a trabalhar o dia todo, ainda na padaria, e agora tinha ainda mais tempo para comer.
Não sei precisar quantos quilos engordei, porque foi um processo muito gradativo, com várias "sanfonas" no caminho.
Mas o interessante é que eu não me achava gorda, ao contrário, me achava até bonitinha. Nunca me achei linda, mas também não me achava tão feia assim.
Bom, tudo lindo, maravilhoso, terminei ensino médio, passei pra faculdade e aí sim bagunçou geral. Imaginem a combinação bombástica: alimentação irregular, noites mal dormidas, sedentarismo = quase 30 kg em 4 anos de faculdade.
Mas ainda assim, eu não me enxergava gorda, continuava me achando inteligente, interessante e um pouco bonita. Até pegável....rs
Daí que tive um namorado praticamente durante todo o curso na faculdade.. ele me elogiava, eu acreditava e estávamos ótimos.
Até que nos separamos, veio a formatura e quando chegou o álbum eu levei o maior susto da minha vida: AQUELA PESSOA OBESA DAS FOTOS NÃO PODIA SER EU. Gente, como me senti horrorosa. Pela primeira vez, me enxerguei de fato, obesa. Incrível que ainda assim, reatando o namoro, pra mim ficou tudo certo porque ele gostava de mim como eu era (e eu achava que isso era mais que suficiente - outra pessoa gostar de mim no meu lugar). Novamente deixei de me preocupar, não tirava fotos, não me via gorda, tinha uma  namorado apaixonado e isso me bastava. Pra mim, o importante era a aprovação externa... que boba eu era.
Mas daí, fui desleixando muito... comia absurdamente mais do que precisava. Passava mal. Me detestava, nada meu estava bom. Projetava toda minha insatisfação em comida.
Mas a vida.... a vida é uma caixinha de surpresas, como diria Joseph Climber.
O namoro foi esfriando, namorado não me elogiava mais, não sentia tesão mesmo (o que era totalmente compreensível, tendo em vista que eu não me cuidava em nada. Ninguém gosta de quem não gosta de si mesmo, né).
Circunstâncias do destino,  arrumou emprego em outra cidade,  mudou-se, eu fiquei. A distância só concretizou o que já se anunciava: pouco mais de 6 meses depois namorando à distância, ele conheceu outra pessoa e me deu um belo de um pé na bunda. É minha gente, tem que ter muita coragem pra assumir uma coisa dessas, mas minha história é de superação e não de tristeza.
Claro que chorei litros, queria matá-lo com um faca de pão e tudo... mas, passada a raiva inicial, me veio um questionamento que eu nunca havia me feito: AFINAL, QUEM EU SOU??
Por insegurança, falta de amor próprio, medo de não ser aceita, eu vivia fazendo as coisas que ele gostava e pior, FINGIA também gostar. Fui, ao longo do tempo, esquecendo quem eu era, perdendo minhas características e tudo isso graças a mim mesma. Era tudo tão estável, tão tranquilo. Foi um choque e tanto, um término pelo telefone, em pleno expediente de trabalho. Mas enfim.
Chegamos onde eu queria. Passou o choque e precisei decidir o que fazer com as horas livres que me sobrariam a noite, já que nos falávamos em torno de 2h diariamente.Como dor de corno, fui pra academia. (Podem rir, é engraçado mesmo). Isso tudo foi em 05/04/2010, meu primeiro dia sério na academia.
Eu mais chorava do que fazia qualquer outra coisa. Os pensamentos me faziam sentir culpada por tudo, ficava pensando no que podia ter feito diferente pra que isso não acontecesse. Eu poderia ter me amado mais, só isso. Mas as coisas acontecem exatamente como tem que ser.
Bom, no começo, a academia servia a apenas pra ocupar as minhas horas. Eu enrolava, não levava a sério. Continuava comendo mal.
Até que percebi que mesmo não sendo lá a melhor aluna, meu corpo estava melhorando. Fui decidindo fazer algumas trocas alimentares, ter mais disciplina na frequência e assiduidade do treino e hoje, 1 ano e 7 meses depois, lá se foram 14.6 kg.
Pode parecer bem pouco pra quem olha de fora, mas pra mim foi uma árdua batalha e da qual saí vitoriosa. Tenho muito orgulho de mim por ter me redescoberto e poder ter enxergado a mulher que sou. Parei de me esconder no rótulo de menininha. E isso, por menor que pareça é uma grande conquista.
O texto ficou  meio grande, mas pra vocês me conhecerem e entenderem melhor como tudo começou eu precisava deste pequeno "livro" pra ficar mais fácil a compreensão.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Novamente me reinvento...

Muito tempo sem escrever por aqui.... Quase nada de tempo sobrando pra externar os pensamentos. Mas vale lembrar que os pensamentos não param um só segundo.
Desde a última vez que escrevi, continuo no processo de readaptação à minha nova cidade. Na verdade, minha mãe continua. Eu já estou plenamente em harmonia com minha nova rotina. É como se sempre tivesse morado aqui. Na verdade, minha mãe também já está mais tranquila. Viu reflexos positivos na saúde, continua fazendo o querido programa do baile aos domingos, temos sempre companhia em casa para o almoço e para as novelas que ela tanto gosta.
Estamos vivendo a experiência de dividir nossa casa com uma outra pessoa. Esse convívio tem acrescentado coisas boas a todas nós, certamente.
Estou colecionando alguns progressos valiosos aqui: em três meses, eliminei 5,9kg, estou com um condicionamento físico muito melhor e o resultado no espelho muito tem me agradado. Tenho me alimentado muito bem, estou apaixonada e tudo vai bem. Ou quase tudo.
No trabalho, já tive melhores fases. De qualquer forma, é uma fase e logo passa. Vou achar o caminho para reverter esse quadro.
A solução é sempre mais simples do que parece. Uma pena que muitas vezes, nos recusamos a entender.
Nem tudo são flores, mas também não são só espinhos. É maravilhoso desfrutar dos momentos de felicidade, tendo consciência de que se é merecedor de cada minuto dela.
Permitir-se errar e permitir tentar outra vez, e outra, e outra... e quantas outras sejam necessárias até chegar ao ponto certo. Essa é uma senhora lição.
Não temos obrigação de ser perfeitos e os erros nos ensinam muito daquilo que talvez não aprenderíamos com os acertos.
Estou feliz e esta é uma decisão. Não aceito ser triste. Posso ter os meus momentos de querer ficar sozinha, repensar e refazer os planos. Mas não está permitido desistir de ser feliz.


*** A escolha da foto foi aleatória. Mas serve pra lembrar que eu NÃO  preciso levar tudo tão a sério!