domingo, 10 de março de 2013

Os descobrimentos são muitos

A princípio, eu só queria pesar menos, estar nos padrões socialmente aceitos, me sentir gostosa e atraente. Ser "normal". Não importava quanto custasse, queria perder peso, vestir 38, não ser ponto de referência.
Aí fiz milhões de dietas malucas, sofri efeito sanfona, deprimia, comia mais, perdia peso rápido de novo e continuava nesse ciclo. 
Eu me achava feia. Achava feio ser gorda. Queria puramente ser mais atraente visualmente e me sentir bem esteticamente. Naturalmente, nada dava certo. Frustrações e mais frustrações. Raiva de mim, do mundo, das comidas, recorrentes recaídas. Sensação de fracasso, de impotência. Vontade de comer cada vez mais e mais. Vício descontrolado.
Eu precisei chegar perto dos 100 kg, ter pressão alta, colesterol e triglicérides bem acima do recomendado, tomar remédios que me comprometeriam o fígado e ver alguém, jovem como eu, morrer de maneira precoce pra entender a fragilidade da vida e me tocar que algo não ia muito bem comigo. A grande diferença é que essa pessoa que morreu fazia tudo que tinha vontade. Morreu escalando uma pedra à beira mar e provavelmente realizou grande parte dos seus sonhos. Arrisco afirmar que onde estiver, tem pouco ou nenhum arrependimento de coisas que gostaria de ter feito e não fez. Acredito que tenha partido feliz. E se foi me deixando uma grande lição: A VIDA É MUITO CURTA. 
Uma vez que a passagem por aqui é breve, o que fazer pra que seja o melhor possível?
Primeiramente, amar-se e aceitar-se. Cuidar bem de si, ter consigo o mesmo carinho que tem com os outros. Relevar, pegar no colo se for preciso. Acolher. Aconchegar.
Hoje, meu foco não é mais na perda de peso. Não acho mais feio ser gorda. A questão deixou de ser tão superficial. Eu me amo como sou e quero o melhor pra mim. Eu sou linda, porque sou o resultado de vários fatores, não só o número que aparece na balança. Eu tenho qualidades e defeitos como todo mundo, mas posso sempre aprender, posso sempre melhorar e é isso que tenho buscado.
Eu quero viver o tempo que for concedido da melhor maneira possível e isso só depende de mim. 
Eu me cuido agora, eu vou me cuidar quando emagrecer, mas bem mais do que isso, vou cuidar do meu corpo que é o meu bem precioso nesta jornada, é o templo da minha alma. Eu sou o produto do corpo e da alma e quero ambos harmoniosos e em paz.
Quando menos eu intoxicar o meu corpo, mais perto estarei de mim mesma e mais vou me sentir bem.
Se é uma questão de escolha, eu escolho viver!


2 comentários:

Fabi Leivas disse...

Fizeste a melhor escolha com certeza, bjs

Nice Franco disse...

=)


bjo